Geralmente eu olho pra trás e vejo que a maior parte das minhas paixões não correspondidas no final não valiam a pena. Fico até aliviada por não terem dado certo. Mas o Antônio...
Depois de um período macabro na minha vida, voltei a dar aulas de inglês, com mto custo. Não queria sair de casa de jeito nenhum. Namorar então... nem pensar. Mesmo. Qual foi a minha surpresa qdo eu entrei na recepção da escola e dei de cara com o meu primeiríssimo aluno: um rapaz alto, vestindo camiseta Hering branca, bermuda cargo e chinelos Havaianas, de pele bem branquinha, cabelos escuros e curtos e, principalmente, com profundos olhos azuis. De cara eu já pensei: danou-se. E a situação só piorou qdo eu comecei a conversar com ele. Além de lindo era super inteligente. Fazia Economia na USP. Agora acabei de ler um dos primeiros textos que ele me entregou. Um luxo de argumentação.
Acho que dei aula pra ele por uns 6 meses, e foram 6 meses de pura obsessão. Eu sentia que ele até tinha uma coisinha comigo, mas não o suficiente para que tomasse uma atitude. Daí quem tomou fui eu. Eu já sabia que ele ia ter que parar, então juntei coragem e num belo dia chuvoso, enquanto fumávamos debaixo da minha sombrinha, acabei disparando um "I love you". Ele me agradeceu, apagamos o cigarro, entramos na escola e seguimos com a aula, como se nada tivesse acontecido. Depois disso acho que o vi mais um par de vezes e ele se foi. Nunca mais. Ouvi dizer que estava estudando no Rio de Janeiro, e pensei que combinaria mto bem com o charme da cidade. Praticamente um Chico Buarque.
Agora lendo o tal texto sinto mtas saudades daquelas tardes de terça, em que eu saía toda montada de casa pra trocar altas idéias com o aluno que tornava more than perfect o meu simple past.
quinta-feira, 13 de março de 2008
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